A
diástase abdominal é uma condição causada nos músculos do abdômen, acima ou
abaixo do umbigo, quando eles se separam e não voltam ao normal, deixando uma
saliência na barriga. Uma série de fatores favorecem o aparecimento da diástase
abdominal. São eles: obesidade, idade gestacional avançada, duas ou mais
gestações, gestações de gêmeos, macrossomia fetal (condição em que o bebê nasce
muito grande, pesando entre 4 a 4,5 kg), polidrâmnio (complicação em que há
excesso de líquido amniótico), flacidez da musculatura abdominal ocorrida antes
da gravidez e realização de cesáreas. Isso acontece devido à ação hormonal nos
tecidos conjuntivos da parede abdominal, associada ao crescimento uterino,
provocando o estiramento e afastamento da musculatura. A alteração da postura
da mulher na gestação, por conta do peso da barriga, também pode influenciar na
força da contração dos músculos abdominais e pélvicos. Alguns estudos
científicos consideram que a distância superior a 2,5 cm pode ser prejudicial
para a mulher, e influenciar diretamente na postura, dores na lombar, partos
posteriores, respiração, movimentos do tronco e até mesmo na hora de defecar.
Esse afastamento pode chegar a 10 cm de distância e se deve a fraqueza do reto
abdominal que fica muito esticado devido ao crescimento da barriga na gravidez,
rápida perda de peso, mas também pode acontecer fora da gravidez, quando a
pessoa levanta objetos muito pesados numa postura incorreta. Algumas
mulheres apresentam um afastamento tão grande que podem pressionar 3 ou 4 dedos
em seu abdômen e estes 'afundam' como se tivesse um buraco na barriga, por não
ter ali a parede muscular que deveria impedir essa entrada.
O
problema não é grave, tampouco representa risco de vida, no entanto, pode ser
bastante incômodo para as mães pelo fator estético e pelas dores na região da
lombar que tendem a ser frequentes. (pode ser por este motivo, aliado ao meu
problema de coluna que sentia muitas dores lombares). A principal complicação
da diástase abdominal é o surgimento da dor nas costas na região lombar. Essa
dor ocorre porque os músculos abdominais atuam como uma cinta natural que
protege a coluna ao andar, sentar e fazer exercícios. Quando este músculo está
muito fraco, a coluna fica sobrecarregada e há um maior risco de desenvolver
hérnia de disco, por exemplo. Por isso, é importante realizar o tratamento,
promovendo a união e o fortalecimento das fibras abdominais.
O
tratamento para corrigir a diástase abdominal pode ser feito com exercícios,
fisioterapia ou, em último caso, cirurgia, quando o afastamento é maior que
5 cm e os exercícios não foram eficazes para corrigir a situação.
Estas
opções de tratamento podem começar a ser realizadas logo depois do parto
normal, ou logo depois que a cicatrizar a cesariana, mas no caso da cirurgia,
esta só poderá ser realizada quando indicado pelo médico.
A
cirurgia de correção pode ser feita junto com a abdominoplastia, no meu caso,
foi feita a correção junto com a abdominoplastia. Para identificar a diástase abdominal
fiz o ultrassom de parede.